terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A nova cara da América



Tenho de confessar que não acreditava na vitória de Obama. Para mim, os eleitores que nas pesquisas diziam apoiar o senador de Illinois capitulariam diante da urna de votação. O lado mais conservador da América se imporia, e o herói de guerra (quem mesmo?) John MacCain se elegeria de maneira surpreendente.

Mas, para minha felicidade, isso não ocorreu. Obama venceu com facilidade, como indicavam as pesquisas. Suas qualidades patentes como inteligência, firmeza e elegância conquistaram os americanos, e hoje este advogado mulato de 47 anos, filho de um imigrante queniano com uma americana, se tornou o governante da nação mais poderosa do mundo.


Acompanhei a apuração dos votos e o discurso de vitória de Obama pela tevê, madrugada adentro. Aquilo me emocionou de verdade. Não que eu seja um ingênuo que acredite cegamente que Obama resolverá todos os graves problemas dos EUA e do mundo; ele não é um super-herói egresso de uma HQ da Marvel ou da DC comics, claro que não. Mas a adesão de boa parte da sociedade americana a uma proposta de governo diametralmente oposta à de George W. Bush me parece digna de atenção, respeito, e, por que não?, comemoração.


Espero que a “era Obama” seja a do diálogo, e não a da “guerra preventiva.” Um tempo de reconciliação política mundial; de uma mudança significativa de valores no que tange à preservação ambiental. Enfim, desejo tudo que as “pessoas de bem” desejam. Um mundinho menos podre. Um mundo mais supimpa, como nas tirinhas que o cartunista Adão Iturrusgarai tem publicado na Folha de S. Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário