Não sei como é na sua cidade, mas aqui em Guaratinguetá cerca de 90% por cento da frota de ônibus possui televisão de bordo. E eu sou a favor da pena capital pro sujeito que teve essa idéia brilhante. Porque é simplesmente um suplício viajar com o som e as imagens atordoantes exibidas numa tela fixada no alto da parede que separa o banco do motorista do primeiro assento de passageiros. Se o volume fosse um pouco mais baixo e não ameaçasse gravemente meu sistema auditivo, talvez eu não me incomodasse tanto, e quem sabe até recebesse melhor as informações veiculadas ao longo da programação gerada especificamente para a empresa de transporte urbano que atua na cidade desde que eu me conheço por gente.
Hoje, por exemplo, o “canal do ônibus” informou que porções excessivas de chocolate podem ser fatais aos cachorros, pois que o chocolate possui uma substância (não me perguntem qual) nociva ao melhor amigo do homem. Os filhotes são os menos resistentes a essa substância, portanto devem ser totalmente privados do consumo de chocolate. No máximo, e se o dono achar mesmo necessário que seu cão desfrute vez ou outra desse doce tão popular entre os humanos, é tolerável um bombom dos pequenos, de menos de 50 gramas.
Outro fato de que tomei conhecimento foi que o governo pretende ampliar a fiscalização nos sítios em que se produz açaí. O motivo é o combate à contaminação da fruta pelo mosquito transmissor da doença de Chagas, para a qual ainda não existe cura. A doença de Chagas, como vocês devem saber, conduz a pessoa à morte em questão de anos e de maneira tenebrosa. O coração do doente incha de modo irreparável, e não há outra solução senão o transplante. Eu, que há coisa de dois anos sou um consumidor regular de açaí na tigela, fiquei assustadíssimo por saber que durante todo esse tempo estive exposto a tal perigo, e, na condição de hipocondríaco inveterado, já cogito suprimir essa (deliciosa) sobremesa da minha dieta, assim como fiz com o caldo-de-cana depois que foram noticiados casos de mortes de pessoas que beberam garapa de cana contaminada.
Hoje, por exemplo, o “canal do ônibus” informou que porções excessivas de chocolate podem ser fatais aos cachorros, pois que o chocolate possui uma substância (não me perguntem qual) nociva ao melhor amigo do homem. Os filhotes são os menos resistentes a essa substância, portanto devem ser totalmente privados do consumo de chocolate. No máximo, e se o dono achar mesmo necessário que seu cão desfrute vez ou outra desse doce tão popular entre os humanos, é tolerável um bombom dos pequenos, de menos de 50 gramas.
Outro fato de que tomei conhecimento foi que o governo pretende ampliar a fiscalização nos sítios em que se produz açaí. O motivo é o combate à contaminação da fruta pelo mosquito transmissor da doença de Chagas, para a qual ainda não existe cura. A doença de Chagas, como vocês devem saber, conduz a pessoa à morte em questão de anos e de maneira tenebrosa. O coração do doente incha de modo irreparável, e não há outra solução senão o transplante. Eu, que há coisa de dois anos sou um consumidor regular de açaí na tigela, fiquei assustadíssimo por saber que durante todo esse tempo estive exposto a tal perigo, e, na condição de hipocondríaco inveterado, já cogito suprimir essa (deliciosa) sobremesa da minha dieta, assim como fiz com o caldo-de-cana depois que foram noticiados casos de mortes de pessoas que beberam garapa de cana contaminada.
Definitivamente, o mundo não é um bom lugar.
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