Ontem, a Folha de S. Paulo publicou, no cada dia mais magro caderno Ilustrada, uma resenha de O Culto do Amador, livro em que o americano Andrew Keen critica, entre outros aspectos, a miríade de opiniões lançada cotidianamente na internet por todo tipo de gente. A resenha foi escrita pelo jornalista português João Pereira Coutinho, que avaliou a obra como regular. Segundo Coutinho, os ataques de Keen à imoralidade e à irracionalidade contidas na web são tão justificáveis quanto primários. A ojeriza a novas tecnologias sempre foi comum à parte da sociedade. Várias outras inovações sofreram certo tipo de resistência por parte de pessoas que as julgavam maléficas. E isso continua a ocorrer. O suposto perigo da má utilização da internet é apenas mais um capítulo desta história.
A principal crítica feita por Andrew Keen, um ex-executivo do Vale do Silício, é em relação à qualidade das opiniões enunciadas por amadores na rede. Para ele, as informações veiculadas por gente desqualificada tornam a internet um verdadeiro criadouro de imbecis. O fato de a web ser a mais fácil e prática fonte de informação contemporânea preocupa Keen, que acredita que sites como o Wikipédia contribuem para o fomento à ignorância de estudantes do mundo todo. O amadorismo corrente em blogs e comunidades de sites de relacionamento seria um insulto ao conhecimento acadêmico dos livros e dos manuais.
Como “representante” dos aventureiros que ousam publicar opiniões e outros tipos de escritos na rede, tendo a concordar mais com a análise de Pereira Coutinho do com a de Keen. Não acho que a possibilidade de qualquer pessoa divulgar suas idéias na internet seja ruim, por piores que sejam essas idéias. Ainda que o espaço virtual possa servir a usuários mal-intencionados, não creio que isso seja motivo suficiente para que se crie um órgão regulador ou coisa que o valha. As instituições e os mecanismos oficiais de defesa a que o internauta pode recorrer são suficientes, o que faltam são leis que estabeleçam penas severas a aliciadores de menores, estelionatários, e outras classes de bandidos que atuam no universo on-line.
Parafraseando parte da resenha de Pereira Coutinho, o que as autoridades competentes devem prover é educação pública de qualidade para que todo estudante, ao utilizar a internet para pesquisa, tenha capacidade de separar o joio do trigo. O resto é lero-lero.
A principal crítica feita por Andrew Keen, um ex-executivo do Vale do Silício, é em relação à qualidade das opiniões enunciadas por amadores na rede. Para ele, as informações veiculadas por gente desqualificada tornam a internet um verdadeiro criadouro de imbecis. O fato de a web ser a mais fácil e prática fonte de informação contemporânea preocupa Keen, que acredita que sites como o Wikipédia contribuem para o fomento à ignorância de estudantes do mundo todo. O amadorismo corrente em blogs e comunidades de sites de relacionamento seria um insulto ao conhecimento acadêmico dos livros e dos manuais.
Como “representante” dos aventureiros que ousam publicar opiniões e outros tipos de escritos na rede, tendo a concordar mais com a análise de Pereira Coutinho do com a de Keen. Não acho que a possibilidade de qualquer pessoa divulgar suas idéias na internet seja ruim, por piores que sejam essas idéias. Ainda que o espaço virtual possa servir a usuários mal-intencionados, não creio que isso seja motivo suficiente para que se crie um órgão regulador ou coisa que o valha. As instituições e os mecanismos oficiais de defesa a que o internauta pode recorrer são suficientes, o que faltam são leis que estabeleçam penas severas a aliciadores de menores, estelionatários, e outras classes de bandidos que atuam no universo on-line.
Parafraseando parte da resenha de Pereira Coutinho, o que as autoridades competentes devem prover é educação pública de qualidade para que todo estudante, ao utilizar a internet para pesquisa, tenha capacidade de separar o joio do trigo. O resto é lero-lero.
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