Em DVD
Assisti a sete filmes em DVD nos dois últimos fins de semana:
O Leitor – Embora Kate Winslet esteja muito bem como a sentinela nazista que se envolve com o tal leitor do título, apenas isso não garante o interesse pelo filme, que aliás é bem enfadonho. Trata-se de um melodrama em dois atos com uma carga de “filme de tribunal.” A mensagem essencial do filme é a seguinte: facínoras também amam.
Foi apenas um sonho – Outro filme protagonizado pela ótima Kate Winslet, em sua segunda parceria com Leonardo DiCaprio. Dirigido por Sam Mendes (Beleza Americana, Soldado Anônimo), este drama versa basicamente sobre os conflitos de um jovem casal suburbano nos EUA da década de 50. Inconformados com sua vida monótona, Frank e April (DiCaprio e Winslet) sonham em se mudar para Paris a fim de viver uma vida menos ordinária. April é a atriz frustrada que não aceita sua condição de mãe e dona-de-casa, e Frank é um funcionário insatisfeito de uma grande empresa na qual o pai também fizera carreira como vendedor. Convencido pela esposa, ele resolve pedir as contas e ir para Paris. Quando a notícia se espalha, o casal vira motivo de chacota na vizinhança, o que só reforça seu desejo de mudar de vida. Um tema interessante – assim como o de O Leitor. Mas o resultado final é apenas mediano, como de resto toda a obra do diretor.
A Garota Ideal - Ryan Gosling vive um auxiliar de escritório misantropo que um belo dia apresenta uma boneca inflável como sua namorada à família e aos vizinhos. A princípio o espanto é geral, mas aos poucos todos aceitam o namoro com certa naturalidade a fim de não ferir os sentimentos do rapaz. Mais uma comédia dramática “sensível e inteligente” – e dispensável - produzida pelo cinema independente americano.
A Felicidade Não Se Compra – Clássico do cinema americano dirigido por Frank Capra e estrelado por James Stuart, em 1946. Uma parábola sobre os valores essenciais da América. Stuart interpreta um jovem do interior dos EUA que abre mão de suas mais altas ambições para se dedicar ao bem-estar da família e do povoado local. Aliás, só agora me ocorrem as (ligeiras) semelhanças entre esse filme e o recente Foi apenas um sonho. Cada qual trata do american way of life à sua maneira: o primeiro pela via do humor e do melodrama, e o segundo pela via da tragédia.
O Agente da Estação – Outro produto do cinema alternativo americano. Mas este me parece um projeto mais bem-sucedido que “A Garota Ideal”. Novamente o protagonista é um outsider, o que é quase uma regra inalterável do cinema indie mundial. Finbar (o ótimo Peter Dinklage) é um anão que trabalha numa oficina de brinquedos em Nova Iorque. Sua especialidade é o conserto de trens elétricos. Com a morte de seu patrão e amigo, Fin herda uma pequena propriedade à margem de uma linha ferroviária numa cidadezinha do interior, para onde acaba se mudando. Lá ele conhece um pequeno grupo de pessoas com quem faz amizade. O desenrolar dessas novas amizades e a maneira como Finbar encara o preconceito e o deboche são os fios condutores desse drama bastante acima da média.
Assisti a sete filmes em DVD nos dois últimos fins de semana:
O Leitor – Embora Kate Winslet esteja muito bem como a sentinela nazista que se envolve com o tal leitor do título, apenas isso não garante o interesse pelo filme, que aliás é bem enfadonho. Trata-se de um melodrama em dois atos com uma carga de “filme de tribunal.” A mensagem essencial do filme é a seguinte: facínoras também amam.
Foi apenas um sonho – Outro filme protagonizado pela ótima Kate Winslet, em sua segunda parceria com Leonardo DiCaprio. Dirigido por Sam Mendes (Beleza Americana, Soldado Anônimo), este drama versa basicamente sobre os conflitos de um jovem casal suburbano nos EUA da década de 50. Inconformados com sua vida monótona, Frank e April (DiCaprio e Winslet) sonham em se mudar para Paris a fim de viver uma vida menos ordinária. April é a atriz frustrada que não aceita sua condição de mãe e dona-de-casa, e Frank é um funcionário insatisfeito de uma grande empresa na qual o pai também fizera carreira como vendedor. Convencido pela esposa, ele resolve pedir as contas e ir para Paris. Quando a notícia se espalha, o casal vira motivo de chacota na vizinhança, o que só reforça seu desejo de mudar de vida. Um tema interessante – assim como o de O Leitor. Mas o resultado final é apenas mediano, como de resto toda a obra do diretor.
A Garota Ideal - Ryan Gosling vive um auxiliar de escritório misantropo que um belo dia apresenta uma boneca inflável como sua namorada à família e aos vizinhos. A princípio o espanto é geral, mas aos poucos todos aceitam o namoro com certa naturalidade a fim de não ferir os sentimentos do rapaz. Mais uma comédia dramática “sensível e inteligente” – e dispensável - produzida pelo cinema independente americano.
A Felicidade Não Se Compra – Clássico do cinema americano dirigido por Frank Capra e estrelado por James Stuart, em 1946. Uma parábola sobre os valores essenciais da América. Stuart interpreta um jovem do interior dos EUA que abre mão de suas mais altas ambições para se dedicar ao bem-estar da família e do povoado local. Aliás, só agora me ocorrem as (ligeiras) semelhanças entre esse filme e o recente Foi apenas um sonho. Cada qual trata do american way of life à sua maneira: o primeiro pela via do humor e do melodrama, e o segundo pela via da tragédia.
O Agente da Estação – Outro produto do cinema alternativo americano. Mas este me parece um projeto mais bem-sucedido que “A Garota Ideal”. Novamente o protagonista é um outsider, o que é quase uma regra inalterável do cinema indie mundial. Finbar (o ótimo Peter Dinklage) é um anão que trabalha numa oficina de brinquedos em Nova Iorque. Sua especialidade é o conserto de trens elétricos. Com a morte de seu patrão e amigo, Fin herda uma pequena propriedade à margem de uma linha ferroviária numa cidadezinha do interior, para onde acaba se mudando. Lá ele conhece um pequeno grupo de pessoas com quem faz amizade. O desenrolar dessas novas amizades e a maneira como Finbar encara o preconceito e o deboche são os fios condutores desse drama bastante acima da média.
Embriagado de Amor – O quarto filme do diretor Paul Thomas Anderson (Magnólia, Boogie Nights) é uma insólita comédia romântica estrelada por Adam Sandler e Emily Watson. Ele é um pequeno empresário do ramo dos desentupidores de pia, atormentado pela solidão e por suas sete irmãs superprotetoras; e ela é a “mulher misteriosa” que entra na vida dele por intermédio de uma das irmãs. A maioria dos recursos cinematográficos caros a P.T. Anderson está lá: planos longos, atuações carregadas (quase caricatas), cores vibrantes – porém não há mais o mesmo painel narrativo presente em seus trabalhos anteriores.
Amores – Comédia nacional sobre relacionamentos amorosos contemporâneos, dirigida por Domingos Oliveira, e baseada em sua peça homônima. Como em toda adaptação teatral, o forte é o desempenho dos atores, essencial para a sustentação da trama. Domingos de Oliveira filma de maneira muito simples: a câmera sempre acompanha os personagens de perto, restringindo ao máximo o espaço da ação. A preocupação com cenário, figurino, iluminação, e demais recursos técnicos é mínima – o que interessa é pura e simplesmente a mise-en-scéne. Divertido, sem dúvida. As questões discutidas também são bastante pertinentes. Mas o filme posterior de Domingos, “Separações”, me parece mais rico em todos os sentidos.
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