quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Minhas 14 leituras preferidas de 2014:


O Homem-Mulher (Sérgio Sant' Anna)

Falar Sozinhos (Andrés Neuman)

O que amar quer dizer (Mathieu Lindon)

O demônio do meio-dia (Andrew Salomon)

Os Enamoramentos (Javier Marías)

Amanhã não tem ninguém (Flávio Izhaki)

A vez de morrer (Simone Campos)

Bem que eu queria ir (Allen Shanw)

Golpe de ar (Fabrício Corsaletti)

Uma Duas (Eliane Brum)

De repente, uma batida na porta (Edgar Keret)

Wilson (Daniel Clowes)

Hosana na Sarjeta (Marcelo Mirisola)

Como me tornei freira (César Aira)


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Sem ódio, de mãos dadas



É triste ver o País mergulhado nessa cultura de ódio. A mim me escandaliza sobretudo a fúria insensata de parte dos eleitores de Aécio Neves. Mas os militantes petistas que insistem em dividir o país entre pobres e ricos (Lula incluso) também são responsáveis por esse clima de animosidade.
Aliás, não só as militâncias: os candidatos também contribuem para esse cenário beligerante com uma campanha pobre em ideias e rica em debates de baixo nível.
Espero que sobrevivamos a essa eleição. E que, independentemente de quem conquiste a Presidência, possamos, tal qual o poeta ensinou, caminhar de mãos dadas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014




Matéria publicada no Uol e meu comentário a seguir:


Livros novos para alunos de Araçatuba (SP) são encontrados em matagal

***

Na escola estadual em que cursei o ensino básico, havia dois armários metálicos em cada sala de aula. Esses armários estavam sempre trancados e nenhum aluno tinha acesso a eles. Sempre achei isso estranho. E um dia resolvi perguntar a um professor o que havia neles. 

Ele disse que também não sabia. E, contaminado por minha curiosidade, resolveu questionar a direção.

A diretoria o informou que os armários continham livros. Não os livros didáticos que utilizávamos diariamente nas aulas – outro tipo de livro. Livros de ficção e não ficção que deveriam ser disponibilizados aos alunos, mas, por algum motivo que foge à minha compreensão, não eram. 

Mais tarde, descobri que havia uma sala anexa à secretaria onde havia uma enorme quantidade de material escolar (cadernos, lápis, borrachas, réguas, papéis e tintas diversos etc.) de cuja existência o corpo discente sequer desconfiava.

Ou seja, a má qualidade do ensino público não está relacionada apenas à falta de dinheiro, mas também, e principalmente, a meu ver, à gestão incorreta dos recursos, à falta de valorização do profissional, e, claro, aos maus profissionais, presentes em todas as áreas.

(Às vezes é preciso repetir o óbvio.)